top of page
Foto do escritorIHBAJA

Os nossos rios também têm histórias

Na imagem podemos ver um rio.
Rio Sangrador. / Foto: Val Costa.

Por: Val Costa.

Professor de Geografia e membro do IHBAJA.

 

A Bacia Hidrográfica da Baixada de Jacarepaguá é uma planície litorânea localizada na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro. Com cerca de 300 km², ela abrange as Regiões Administrativas de Jacarepaguá, Barra da Tijuca e Cidade de Deus.

 
 

Essa bacia é formada pelos rios que descem das vertentes dos Maciços da Tijuca e da Pedra Branca, além das lagoas da Tijuca, Camorim, Jacarepaguá, Marapendi e Lagoinha. A drenagem tem como destino inicial esse complexo lagunar e, posteriormente, o Oceano Atlântico. Da área total da bacia, 176 km² são terras drenadas pelos rios. 


Os divisores de águas da bacia são constituídos pelas cristas da Pedra da Gávea, Mesa do Imperador, Maciço da Tijuca, Serra do Engenho Velho e Morros do Catonho, do Mato Alto, São José Operário e Covanca, prosseguindo pelo Maciço da Pedra Branca.


Esses rios e lagoas tiveram uma grande importância econômica para a região. Enquanto os primeiros eram usados para escoar uma parte da produção local de açúcar e anil durante o período colonial; as lagoas abrigaram a Colônia de Pescadores Z 14, na primeira metade do século XX.


O Rio Grande é um dos principais corpos hídricos da Bacia Hidrográfica da Baixada de Jacarepaguá. Tem sua nascente no Parque Estadual da Pedra Branca, em uma altitude de 340 metros. Corre no sentido oeste-leste por 7 km e depois direciona-se para o sul, por mais 8 km, até desembocar na Lagoa do Camorim. 


Outro importante curso d'água da região é o rio Anil, que, após atravessar a Praça Professora Camisão, recebe o nome de Rio Sangrador. Ele possui 9 km de extensão e também deságua na Lagoa do Camorim. Até o início do século XX, esse rio chamava-se Porta d'Água, pois possuía diques e comportas ao longo do seu trajeto. 


Os rios que atravessam a Baixada de Jacarepaguá sofreram várias intervenções humanas nos últimos 40 anos. O assoreamento acelerado, o lançamento de esgoto industrial e doméstico, a urbanização descontrolada e a retificação dos cursos hídricos interferiram diretamente na dinâmica da bacia hidrográfica supracitada, causando uma série de problemas socioambientais nessa área.

 





Val Costa é professor de Geografia e Membro do Instituto Histórico da Baixada de Jacarepaguá.

 




Comments


Conteúdo Publicitário

bottom of page